sexta-feira, 14 de março de 2008

POR CAMINHOS NÃO ANDADOS

"POR CAMINHOS NÃO ANDADOS" Seminário dos Olivais 1945/1968 Coordenação de Artur Lemos
A viagem que hoje vos proponho é mais dirigida aos colegas/amigos que viveram no Convento de Fátima. São depoimentos muito diversos mas que são o reflexo de uma época que foi vivida intensamente. Aqui encontramos referências comuns de autores filosóficos eteológicos e bem como respectivas correntes litúrgicas, equipas de cinema e teatro. Feitura de revista e formas de receber livros editados em França. São tantas as vivências paralelas que julgo ser um "voltar a trás" no tempo e naquilo que nos marcou. São situações de que muitos de nós tivemos conhecimento e partilhamos.Para aqueles que, por qualquer motivo, tiveram que atravessar a fronteira, encontram aqui bastante informação histórica, mesmo sobre os acontecimentos do 25 de Abril.
Aqui deixo alguns nomes de participantes: Abilio Tavares Cardoso; António Jorge Martins; Artur Lemos; António Correia; AntónioLeitão; Avelino Rodrigues, Fernando Micael Pereira; Carlos Leonel; Carlos Capucho; Germano Cleto; Manuel Ferreira da Silva; Fernando Melro; Cláudio; Fernando Belo; Joaquim Alberto Lopes Simões; Joaquim Pereira de Sousa; José Luzia; João Andrade Peres.
O livro foi Editado pela Multinova. Av.S.Joana Princesa,12 E . 1700-357 LISBOA Mail: geral@multinova.pt
Votos de boa leitura.
J Moreno

1 comentário:

Anónimo disse...

António Rego escreveu na Agência Ecclesia que:

"De todos é sabido que o Seminário dos Olivais nos seus 75 anos de existência, foi um marco para o país. Um marco e um sintoma. Vinte e seis antigos alunos e professores, distanciados das celebrações oficiais (e a maior parte fora do exercício sacerdotal) decidiram juntar fragmentos de memória e reunir descompassadamente histórias e reflexões que tiveram a ver com os itinerários pessoais e comunitários numa casa comum.

Assim se construíram análises híbridas de afecto e crítica, muitas vezes na óptica dos caminhos percorridos por cada um. Mas reconheça-se a importância deste livro - será livro, na sua desarrumação despretensiosa e eloquente, reveladora talvez das turbulências do tempo a que se refere? É escrito a quente quarenta anos depois da maioria dos factos.

É livre porque não enferma do mais pequeno pendor apologético. É útil porque recapitula factos que podem ajudar a ler um tempo rico e complexo. É grato, porque reconhece ao Seminário um lugar privilegiado no terreno da cultura, da fé, da espiritualidade, mesmo nas encruzilhadas da dúvida e da contestação. É útil porque recapitula gestos proféticos de mestres que fizeram a heróica travessia de Trento para o Vaticano II, em particular no campo da liturgia.

É pedagógico porque ensinará aos mais novos que o projecto vocacional de Deus está para além de todos os formatos. É um sinal do Espírito porque transpõe todas as atrapalhações em que a mudança dos anos sessenta foi envolvida. É útil à Igreja e ao mundo porque grande parte dos fenómenos ultrapassam os muros do Seminário, se ligam a uma Igreja universal onde muito de semelhante acontecia.

Mergulha no próprio mundo que, sem se aperceber, anda na barca onde navegam crentes e não crentes, leigos, consagrados e abúlicos.

Muito interessante seria se outros Seminários do país contassem a sua história e histórias para todos melhor entendermos os tempos que vivemos, as exigências do mundo, a vocação prioritária da Igreja, o confronto das laicidades e dos laicismos.

Há caminhos já andados de que importa tirar lições.

Com os vivos, enquanto é tempo, mesmo com as ópticas que cada um oferece à história a partir da sua história. Ver-se-á, ao fim e ao cabo, que os tecidos do Espírito vão juntando fios de aparente incompatibilidade e luz duvidosa no momento em que acontecem. Mas fazem, irmanados com todos, a história da salvação"